o porco espinha,
a paca se pinica,
o toco come quente.
A porca que se estrumbique pra fazer desse repique um samba de fim contente.
Quando a porca torce o rabo,
trêss tigres tristes comem seus três pratos de trigo torto,
em silêncio profundo.
A porca que dê seus pulos pra fazer dessa tormenta um bom copo de água benta.
Enquanto a porca torce o rabo,
el perro - sin rabo - chora sentido,
marcha soldado cabeça de papel
tropeça no ginete e vai direto pro quartel.
Sim, até Senhor Capitão,
espada na cinta,
chapéu na mão,
enamorado de Pombinha Brancaquestáfazendo,
aquele que cuspia no chão.
Todos se comovem com a coitada da porca de coração emotivo.
Quando a porca torce o rabo não se ouve um piu, um só ruído, não se vê um grão, nem se move uma só palha no vendaval de sertão.
A porca que se ajeite pra fazer deleite desse aleijão.
Ela que se arremate pra fazer fel azedo virar chocolate.
Uni duni tê, salamê minguê,
a porca torceu o rabo,
o escolhido foi você,
prepare a armadura e aqueça um caldo pra comer,
barriga alimentada deixa forte e faz crescer.
Quando a porca torce o rabo,
a coisa é pega pra capar,
não sobra quem conte a história,
nem quem fique pra ajudar.
A porca que se contorça pro seu rabo desentortar.
Enviado via iPhone
Nenhum comentário:
Postar um comentário