quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O que me TOCA, o que me MOVE.

Aos meus encontros e reencontros presentes, 
 

O que me TOCA, tem já, antes do encontro, ruído interno, tato, conexão.

O que me MOVE, habita desde sempre, um canto da mente, um ponto do corpo, decerta expressão.

Ainda que por muito, silenciosa, comunico no micro da cotidiana pulsação.

Encanta-me o contato comoção, olhar ternura, falar suave, sentir convicção, encontro canto, encontro conto, encontro agitação.

O que me PROVOCA me coloca em ebulição, transpiro e suspiro inspiração. 

Ainda que por muito, silenciosa, declaro no macro, incontida satisfação. 


com amor,

Ana, a Rocha, a chuva, o vento e a ação. 

sábado, 19 de outubro de 2013

domingo, 13 de outubro de 2013

Simpli.cidade, minha natureza.

Cruzamos um parque lindo hoje, de ponta a ponta, patrimônio natural da humanidade, floresta de pássaros e borboletas incríveis, veadinho bebe na beira da mata e flores que nunca vira antes...a solidão da floresta é encantadora, preenche o coração.

A música foi do vento e dos cascalhos da estrada.

As nuvens acolheram o sol pra nos proteger, a brisa soprou de leve pra refrescar sem surpreender.

Muita água, petiscos e conversas esparsas.

Um pássaro de azul intenso passou ao meu lado, do tamanho de um tucano, que também cruzou a pista, o pássaro azul foi o mais lindo que já vi.

Assim foi a viagem, amigos, um dia inteiro defrontando gostos e desgostos na relação urbanismo-natureza.

Buscando dentro de mim os momentos em que essas fronteiras estiveram equilibradas, os melhores momentos da vida.

Na cidadela, o coreto e a igrejinha no topo da praça central, rodeados por árvores antigas, bancos com nomes de famílias e fazendas, a sorveteria, a imobiliária, a prefeitura, o posto, o restaurante caseiro, casinhas aqui e acolá...a simplicidade. 

Daí que no meio da tarde a vó Aninhas me liga, pra desejar bom dia das crianças e recebe a surpresa de que eu estava lá, na terra que o filhote dela escolheu pra viver, ficou toda alegre: - Ve se ainda tem vagalumes, filha...enche uma garrafa com água da nascente pra vó...lembra da noite que passamos na estrada?

-Lembro vó...lembro de tanto momento bom...lembro de tudo, vó...
-A vó também lembra...(e lembra mesmo)

Chegou logo depois o Seo Zeca, de falar enrolado e ideias desenroladas, com muita simpatia nos levou até o ponto zero, desenhou o mapa do sítio, falou das demarcações, do rastro de mata derrubada pela "luz" para instalar os postes e fios, contou das duas nascentes e da medição que não sobe a montanha: - o gps atravessa reto, ele não conta a subida.

Passou por nós o único vizinho, com sua esposa, disse que lembrava do Fausto, que proseou muito com ele e que olhava a terra sempre, porque gostou do moço...pois o moço morreu? Tão novo...

-O moço morreu, sou a filha.
-Sou o vizinho, se precisar de alguma coisa liga. E seguiu estrada...
-Alguém ainda tem o telefone do vizinho?
-Ixi! 

O sítio em Sete Barras virou floresta, mata fechada, só entram o vento, o sol e a chuva...mata linda e cheirosa, com todo tipo de árvores e pássaros, se os espíritos existem, o papai deve sempre passear por lá. 

A mamãe dirigiu bravamente, porque segundo ela, os mais velhos tem mais experiência ao volante e nestas estradas isso é necessário, a Mazi, minha amiga irmã, nos acompanhou, também bravamente, cruzando mapas pra encontrarmos os caminhos, contando histórias pra refletirmos outros caminhos...obrigada, meninas pela companhia, incentivo e apoio nessa empreitada tão importante. 



12/10/13
Ana Rocha