sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sábado, 25 de dezembro de 2010
Todas as cartas de amor são ridículas?
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Da arte de viver
que de tão poetizada, superou a poetiza...
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Ensaio sobre a ternura
o silêncio ao seu lado,
ao seu lado olhar estrelas.
As vezes a gente acorda querendo que o mundo emudeça,
um só dia mudo da profusão informativa,
dia para apreender somente o arredor.
Dia de degustar a silenciosa ternura dos teus olhos a me observar, nada mais...
ARocha
14/12/10
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Os dias amanhecem em clave de sol
Noite
nubladaNegrAcinzentada
Estrada
cheiro da chuva encruada
farta ventania
manhã ritmada
...
Revoa
...
Pousa
...
En.canta
...............silenciosa passarada.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Quando a porca torce o rabo,
o porco espinha,
a paca se pinica,
o toco come quente.
A porca que se estrumbique pra fazer desse repique um samba de fim contente.
Quando a porca torce o rabo,
trêss tigres tristes comem seus três pratos de trigo torto,
em silêncio profundo.
A porca que dê seus pulos pra fazer dessa tormenta um bom copo de água benta.
Enquanto a porca torce o rabo,
el perro - sin rabo - chora sentido,
marcha soldado cabeça de papel
tropeça no ginete e vai direto pro quartel.
Sim, até Senhor Capitão,
espada na cinta,
chapéu na mão,
enamorado de Pombinha Brancaquestáfazendo,
aquele que cuspia no chão.
Todos se comovem com a coitada da porca de coração emotivo.
Quando a porca torce o rabo não se ouve um piu, um só ruído, não se vê um grão, nem se move uma só palha no vendaval de sertão.
A porca que se ajeite pra fazer deleite desse aleijão.
Ela que se arremate pra fazer fel azedo virar chocolate.
Uni duni tê, salamê minguê,
a porca torceu o rabo,
o escolhido foi você,
prepare a armadura e aqueça um caldo pra comer,
barriga alimentada deixa forte e faz crescer.
Quando a porca torce o rabo,
a coisa é pega pra capar,
não sobra quem conte a história,
nem quem fique pra ajudar.
A porca que se contorça pro seu rabo desentortar.
Enviado via iPhone
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
A calada da noite calando o dia...
E segue assim...in continuun, o sussurro que presente então, se fez...
"
Deus disse: Vou ajeitar a você um dom:
Vou pertencer você a uma árvore.
E pertenceu-me.
Escuto o perfume dos rios.
Sei que a voz das águas tem sotaque azul.
Sei botar cílio nos silêncios.
Para encontrar o azul eu uso pássaros.
Só não desejo cair em sensatez.
Não quero a boa razão das coisas.
Quero o feitiço das palavras.
Sentado sobre uma pedra estava o homem desenvolvido a moscas.
Ele me disse, soberano:
Estou a jeito de uma lata, de um cabelo, de um cadarço.
Não tenho mais nenhuma idéia sobre o mundo.
Acho um tanto obtuso ter idéias.
Prefiro vadiagem com letras.
Ao fazer vadiagem com letras posso ver quanto é branco o silêncio do orvalho.
Levei o Rosa na beira dos pássaros que fica no meio da Ilha Lingüística.
Rosa gostava muito de frases em que entrassem
pássaros.
E fez uma na hora:
A tarde está verde no olho das garças.
E completou com Job:
Sabedoria se tira das coisas que não existem.
A tarde verde no olho das garças não existia mas era fonte do ser.
Era poesia.
Era o néctar do ser.
Rosa gostava muito do corpo fônico das palavras.
Veja a palavra bunda, Manoel ela tem um bonito corpo fônico além do
propriamente.
Apresentei-lhe a palavra gravanha.
Por instinto lingüístico achou que gravanha seria um lugar entrançado de espinhos e bem
emprenhado de filhotes de gravatá por baixo. E era.
O que resta de grandezas para nós são os desconheceres – completou.
Para enxergar as coisas sem feitio é preciso não saber nada.
É preciso entrar em estado de árvore.
É preciso entrar em estado de palavra.
Só quem está em estado de palavra pode enxergar as coisas sem feitio."
Manoel de Barros. IN: Retrato do Artista Quando Coisa.
Sala da Unidade Itapuã, em Salvador.
05/12/2010-intervalo do Curso de sânscrito ...
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Anoitece na estrada invisível
O manto vermelho veste o fim de tarde
Faz-se encanto…
Terra e mar
Sol e pranto
Verso e carícias
Texturas de um jardim inenarrável
... gérberas, rosas e jasmins
Perfume indefectível das damas de entre crepúsculos,
anunciadas pelos clarins...
Cabelos esvoaçantes,
bailam em noites quentes,
trigueiras, alvas e rubras,
com mãos de fadas 'bruxis'.
Estas mulheres, ardentes, febris,
são as sereias do céu,
brincando com os guris,
hipnotizam com seus véus nuvenianos,
os homens que sofrem de saudade.
Pousando em Salvador, 02/12/10 - 18:45.