Olhos poéticos vêem versos no cimento, no tijolo, no percalço
Predileção perceptiva diletante
O detalhe faz do ser, poetizante.
Deixar-se inspirar pelo indelével decorrer
Fruir fluir planar suspender
Olhar para o mar não pode ser poético, se poético é o mar em si e toda a natureza.
Poetizar mesmo, deve ser semear alegria na árida brutalidade cotidiana e compreender a sutileza da pedra no meio do caminho.
O mar, o céu, os pássaros, o sol, as árvores, as flores, nuvens, brisa, unicórnio, temporais…nasceram versados, com poesia inerente, alimentos para almas dormentes, para os que perderam seus instintos líricos naturais.
Enquadra o mar, congela-o, pendura na parede e perderá toda realeza que vem do ondular…
Deixa essa foto, vem cá, molha teus pés, pisa na terra arenosa, respira profundo e quando voltar pro concreto, procura a beleza do resto do mundo, vê, há um pequeno mar em cada lugar e há delicado prazer em permanecer a procurar...o agora é a melhor oportunidade.
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