sábado, 30 de outubro de 2010

Percalço descalço: a beira da praia da poesia

Olhos poéticos vêem versos no cimento, no tijolo, no percalço 
Predileção perceptiva diletante
O detalhe faz do ser, poetizante. 

Deixar-se inspirar pelo indelével decorrer
Fruir fluir planar suspender

Olhar para o mar não pode ser poético, se poético é o mar em si e toda a natureza. 

Poetizar mesmo, deve ser semear alegria na árida brutalidade cotidiana e compreender a sutileza da pedra no meio do caminho. 

O mar, o céu, os pássaros, o sol, as árvores, as flores, nuvens, brisa, unicórnio, temporais…nasceram versados, com poesia inerente, alimentos para almas dormentes, para os que perderam seus instintos líricos naturais.

Enquadra o mar, congela-o, pendura na parede e perderá toda realeza que vem do ondular…
Deixa essa foto, vem cá, molha teus pés, pisa na terra arenosa, respira profundo e quando voltar pro concreto, procura a beleza do resto do mundo, vê, há um pequeno mar em cada lugar e há delicado prazer em permanecer a procurar...o agora é a melhor oportunidade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário