quinta-feira, 22 de julho de 2010

Apartes sobre a pele e os encontros alegres

Toda a vida, a vida inteira está em mim, como a onda sonora que paira eternamente no espaço invisível.

Estive aqui pensando, será que ao tornar alegres nossos encontros, reais ou virtuais, a vida permanece em expansão dentro de nós? Nos alegres encontros sentimos na pele a reciprocidade, na pele, nos olhos e onde mais nos permitimos, neles o sentir-entender ecoa.

Sensações tais quais a de ler como que ouvindo, ver como tateando, lembrar como que vivendo, escutar quem te escreve ou quem te olha, ouvir os olhos, quando chegam a falar tão alto, que a pele responde, arrepia...acontece contigo? De pintar o cinzasilêncio com sonoroamarelosolar, rosamanhecendo por dias a fio, ao acordar?

Descobrimos o centro revelador do entendimento do sentir: a pele, onde as palavras viram sons, ou melhor, pura vibração, o entendimento no terreno das palavras não ditas, mas, nosso vocabulário é tão pequeno diante dessas questões, não acha? Irrisório eu diria.

Permitir-se experimentar sempre os encontros alegres, assim a gente consegue sentir-entender, manter a vida inteira explodindo, saltando de dentro, pra fora. Vivenciar cada boa experiência de senti-entender, sent'ender...é possível fazer isso, por toda a vida, a vida inteira...é desejável fazê-lo.

E refletindo, continuo, querendo tornar constantes encontros que incitam vida, procuro a congruência entre experimentar o novo, o extremamente novo, o desconhecido e manter o certo, o que já se sabe ser alegre, penso nesse ponto, no funcionamento das relações ditas abertas e nas pessoas. Encontros alegres são feitos de fatos, conteúdos, pessoas, daqui em diante refiro-me às pessoas.

Ainda que o já experimentado seja também novo a cada instante, pois novos são todos os instantes ditos presentes, a experiência sentendida é como um vestido tubinho, preto, básico, uma camiseta branca e um jeans, caem sempre bem e aceitam adereços exóticos, que renovam o que a principio nos parece monótono. Brincar com as pequenas e grandes vivências, com o “si”, desvenda novidades a nosso próprio respeito, renova o desejável em nós, essencialmente aos olhos dos que já experimentaram conosco alegres momentos.

O certo e a novidade, andando juntos, se fortalecem?

Talvez haja uma série de princípios, concordâncias e necessidade de pequenos reparos, para que de fato o novo e o habitual transitem um através do outro, a meu ver, nada que palavras sinceras, combinadas aos desejos fluentes da pele e do coração, ditas de modo honesto, respeitoso, palavras respiradas e aspiradas pela atenção de quem as ouve, trocas, ajustes, permissões, concessões, quebrar e refazer, relacionar.

Têm sido assim os pensamentos destes dias, no ensejo de provar diversos gostos, de leve, vez ou outra, quando acontecer de ser forte a atração, por razões quaisquer. No desejo de preservar a liberdade, nasce a vontade de encontrar um olhar que se permita mergulhar profundamente, e assim o faça em meus olhos, concordando que vez ou outra subiremos à margem para tomar ar, para renovar, o eu, o outro e potencializar o nós.

Sentender as coisas... as pessoas...a si...pode ser mais fácil, mais simples, sem neuras ou perversões, pois as pessoas são assim, cheias de sentimentos e necessidades, impulsos...longos caminhos a percorrer, tomados de flores, pedrinhas, alguns buracos, outros passantes, mãos que queremos acariciar e outras com que instintivamente desejamos estar sempre.

Os pensamentos continuam...dissonâncias, concordâncias...gostaria de saber os pensares de você que me leu até aqui...e quem não gostaria de fuçar os pensamentos alheios, não é?

__@__

Sobre um recente alegre encontro... “nosso caso” como foi dito...alegres sentenderes...também estive pensando...realmente, acontecem de ser sempre alegres nossos encontros...que bom...é mesmo lindo isso, né? Puxa...

Quando menina, li algo em uma propaganda, que me marcou para sempre...e desde então procuro lembrar:
“ a felicidade é tão simples que as crianças aprendem brincando”. Algo assim...virou um lema...para sempre essa menina estará na mulher que amadurece em mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário