O paradoxo é a própria vida, na qual se morre um pouquinho ao se viver um tanto mais. Sofremos com posse, sofremos sem posse, sofremos sabendo e sem saber.
A vida é uma dor e por isso existe o prazer.
No entanto, todo paradoxo é bicho morto, é desconforto, a vida é sempre muito mais do que se pode imaginar, muito além do que o intervalo de palavras conhecidas que consigo expressar.
A excitante arte de exercitar, ser, estar, relacionar, dormir, acordar, comer, cagar, inspirar, arrotar, expirar, espreguiçar, olhar, enxergar, tatear, ouvir e falar, sujar e limpar...
A vida é toda escatológica e ainda assim tão bela.
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