terça-feira, 25 de maio de 2010

Declaração descabida, mas necessária. Assim é o amor, feito de asas e flores, descabido, mas necessário...

Entre cartas e recordações, encontrei você...você sempre está. Por que? ...a lembrança de você desmorona minhas certezas, ainda não entendo o que me levou a te dizer adeus...depois daquela tarde, chorei como desde a maior perda não havia...e isso você não soube, só me viu fazer um monte de besteiras, molecagens e te magoar mais...queria te dizer, que não me arrependi, queria te ver viver, se encontrar, saber do mundo que não era o meu, nem o nosso...queria te ver olhar pro mundo que eu via em você e se admirar, e descobrir que 'quando fosse só coração', sem vestes de risos e piadas obscuras, poderia voar tão mais alto, sorrir mais honesto e se gostar mais, revelar pra si seus próprios amores, queria te ver cuidando de si...te vi...bem-te-vi...no primeiro telefonema distante, nas palavras com que se descreveu, no seu sumir de mim devagarinho e se encontrar neste si, no malabarismo do tempo, nos teus olhos tranquilos...te olhei e ouvi o coração gritar...em todos os outros amores estive a te procurar... encontrei amores outros, novos, intensos e sinceros ...ainda assim, o que ficou, como que inacabado, foi o seu...hoje te amo mais, e, a mim, também...sou mais livre, mais forte, mais sincera, segura o suficiente pra repetir você, aqui: "como numa bela história que o destino presenteia a alguns. Seríamos nós um desses sortudos escolhidos?..."aprendemos o que temos que aprender, inclusive que somos livres...às vezes desdigo o destino e enfureço por ser tão breve..."...Necessárias brevidades... O que ficou de nosso, ecoa. Lembra da certeza que tive quando te olhei pela primeira vez? De longe, sem saber quem era, de onde vinha, pra onde ia...sabiá me contou naquele instante, que o menino xadres, cachos cor de mel, pedal voador, sorriso largo, o menino era eu um pouco e seria parte de mim, seria, foi e é, inexplicavelmente especial...amo te saber amigo, amo te saber feliz, enamorado, palhaço, aprendiz...amo te saber aí e eu aqui...saber que o impossível é inexistente e a distância transponível, me faz feliz...




Sem rumores, sem temores ou preocupações...a alegria está sempre por aqui...essa é só uma parte de mim, dentre tantas, tantas e tantas...

Um afago no seu coração. Um abraço de carinho e agradecimento...por ter ido descobrir o mundo e ter descoberto você...vi em seus olhos aquele que estava escondido...

Voa menino leão, que esse mundo é seu!


Sua, infinitamente sem tempo que não faça durar,
Ana.


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