quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Minha rua tem versinhos e lombadas.

Ah se essa rua fosse minha, eu não mandava, não. Ladrilhava com pedrinhas de brilhante, com amarílis, astroméias e celósis, semeava só pro meu amor passar.
[...]
 - Cadê o anjo que morava nesse bosque?
 - Cansou de um bosque cujo nome é solidão.
[...]
No silêncio sólido da madrugada roubei o nome dele da canção,
o tal bosque agora vai estar sem nome, enquanto eu estiver sem coração.
[...]
Entre um verso e outro um vendaval.
Entre um dia e outro você.
Entre nós uma longa estrada.
A estrada de Óz.
[...]
Quando eu chego em casa
a casa não está.
Como pôde a casa
fugir do seu lugar?
[...]


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