terça-feira, 27 de agosto de 2013

Silêncio Vala: quando a única opção é dizer adeus.


Há um silêncio raro nas feições de quem vai embora.

Silêncio prece, 
silêncio saudade, 
silêncio sem volta, 
silêncio santidade. 

Há um silêncio claro nas mãos de quem não mais está.

Silêncio contraste, 
silêncio cortante, 
silêncio presente, 
silêncio constante. 

Há um silêncio profundo nos olhos de quem ficou. 

Silêncio instável, 
silêncio comovente, 
silêncio notável, 
silêncio incoerente.

Há silêncio paradoxo no encontro entre a vida e a morte. 

Silêncio inquieto, 
silêncio fala, 
silêncio vento, 
silêncio vala. 

Há um silêncio no peito, no jeito, na cara, um descarado silêncio quando a única opção é dizer adeus.
 
Silêncio cura, 
silêncio entendimento, 
silêncio ternura, 
silêncio renascimento.


...



...Silencio...adeus, pessoas queridas, um brinde ao que de vocês viverá eternamente em mim. 

Aos que ficam, que o silêncio seja vosso amigo, que pouco a pouco traga nas boas lembranças, memórias vivas e vidas novas para os próximos dias. 


Homenagens:

À Família  Barganian - sogra amiga, educadora leoa, que me deixou de herança a bravura pra realizar o que cremos ser correto. 
À Famíla Taira - que me ensinou ao longe o amor fraterno, na briga ou na paz, na saúde ou na doença, na fé ou na descrença, família é ouro!

Com imenso carinho,
Ana Rocha

agosto de 2013.




Um comentário: