domingo, 17 de julho de 2011

Porquê a cidade não dorme? 

O motor do carro na esquina, 
o caminhão ruidoso, a buzina,
ônibus parando no farol.

Travesseiro, edredom, lençol...

Máquinas trabalhando em turno dobrado,
discussão solitária do embriagado,
portas, torneiras, descarga, elevador.

Ver as horas, beber água, abraçar o meu amor...

A sirene uivante de algum carro policial,
o disparo de um alarme comercial,
o grito de um bando adolescente,
a banda de um boteco decadente,
o clamor do gato descontente,
vigiando a lua cheia da vidraça transparente...

Papel e pena em punho, à luz de um pensamento:

...Ouço hoje os sons do mundo inteiro entrando pela janela...


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