segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Como pode um peixe vivo viver fora da lagoa? Ou curioso caso de um amor sem fim.

Como o sol desponta no horizonte e continua a iluminar a lua?

As estrelas que saltam céu abaixo, todos os dias, como continuam a se multiplicar?

Os amantes que tanto se entregam, que muito relevam, que sofrem injúrias,
com seus corações partidos, como podem ainda amar?

Os leões, valentões, charlatões, milionários e trabalhadores em seus serões. 

As leoas, gatunas, gatinhas, sereias, dondócas, mulheres de todas as classes, das mais elegantes às desajeitadas. 

Todas amaram e foram amadas
Todos temeram o desconhecido, o sentimento ardido que invade o pensar. 
Foram todos os corações feridos, arranhados, comovidos e ainda assim tornaram a se enamorar. 

Como pode diante de antiga lembrança tanto sentimento se movimentar? 
Comover, despertar...

Me olha, 
Te olho
Sorrimos, abraços de laço apertado, respirado, profundo e desconfiado.
Te olho
Me olha

Como pode tanto tempo ter passado e num momento abreviado tais temidos tremores, suspirados desejos, frio e calor, tanto amor...como pode com tantos acontecimentos, com nosso envelhecimento ainda haver esse palpitar?

Como um novo amor desponta no horizonte e os antigos continuam a brilhar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário