quarta-feira, 21 de julho de 2010

Deita os olhos no fixo além

Quando o mundo era mais arte do que mundo
Quando viver era o próprio ritual e o ritual nem era
Quando a expansão era a meta e o inconsciente sua estrada
Quando eu era outra e nem sabia, eu estava
Quando o desejo não tinha nome e só se saciava.

Deita os olhos no fixo além
Deita o corpo no parco, retém
Por ora, inspira profundo
Sente o mundo na pele,
faz do instante o  potente porvir.

Faz-se singular, a se distinguir
na consistente leveza se faz explodir
Jorra força, ocupa teu espaço,
constitui tua unidade, teu ser animal,
toma consistência e principia a ter os visos da verdade.

Toma corpo.

Toma a tua liberdade.

Toma, a tua liberdade.

Toma, brindemos!


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