domingo, 6 de junho de 2010

Domingo interiorano.

Praça, pipoca, cachorro, família. Domingo interiorano. Cada dia mais certa de que a simplicidade me faz muito feliz. Ontem fomos à festa junina limeirense, menos junina do que eu esperava, (ei, organização, cadê as bandeirinhas?), valeu pela canjica e pelo céu gigante acolhendo a farra.

Hoje acordamos bem cedo, atípico pra mim neste momento, que passo altas madrugadas em companhia das minhas escritas, tomamos um belo café da manhã com bolo de laranja, feito ontem, num momento divertido de cozinha com a irmã mais nova. 

Antes da hora de almoçar, nos lembramos da praça, e lá fomos, com um objetivo, trocar a pilha de figurinhas que em geral fica por anos nas gavetas de casa, junto com todos os álbuns que a brodinha não completou. Chegando lá, um bate boca entre irmãs, bem típico, e, sempre, por boa causa. 

Ela diz: - Você vai trocar, né? 
e eu:  - Claro que não, vai você, tem que aprender a conversar com as pessoas...e por aí foi, por uns cinco minutos.

De-repente, param as duas, boquiabertas com o tantão de gente, pequena, grande, mais velhos, novinhos, em dupla, sozinho, em família, menino, menina, todo mundo com a mesma intenção, nenhuma de nós precisou dizer muita coisa, logo já havia fila pra trocar cartinhas, ou figurinhas, das da copa, que são do álbum da vez.

Daí, que trocamos todas as repetidas em menos de dez minutos e dava vontade de comprar mais só pra ficar ali no meio daquela gente toda num momento pacífico de tarde dominical, um monte de gente contente. Tudo isso me fez recordar o motivo primeiro da construção das praças, e o motivo real de eu sempre dizer que gosto de praças quando passo por alguma, e, sempre lamentar quando elas estão abandonadas. A beleza das flores e o bom convívio entre os seres!

Agora estamos combinando a montagem da equipe pra gincana da escola da maninha, nos próximos dias, tem nome de equipe, cor de camiseta, participantes. A brodinha é uma pessoinha importante em nossas vidas, nasceu num momento decisivo, quando eu estava saido de casa pra estudar fora, ficou de companhia pra mãe e conseguiu amolecer o coração do pai, que tem mais quatro filhos de outros casamentos e era bem afastado de todos antes da maninha nascer, essa pequena fez o véio fazer as pazes com todo mundo. 

Pra ficar bem explicado, a maninha é minha meia irmã, apesar de não gostarmos desse termo, que ela soube existir aos quatro anos de idade, e imediatamente entrou em pânico, se colocou a chorar e pediu pra mamãe me ligar porque ela queria saber se eu não podia ser irmã inteira, que ela não queria pela metade. Combinamos que seriamos inteiras, para sempre, nada de meio amor. 

Falando em amor, um dos tantos afrescos da vida, as vidas da cidade toda passam sempre pelas praças, nas praças passeiam tristes, felizes, largas, humildes, nobres, simples, viventes histórias, e esse é um momento do ano em que as famílias daqui, de perto, do arredor, se unem na praça da vida, por uma boa e justa causa: diversão!

Chega de blá blá blá de domingo, vamos passear de novo e aproveitar o dia agradável, bom sol ou chuva pra você também.

Praça Dr. Luciano Esteves, em Limeira.


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