sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sempre detestei competições.

Quando alguém quer tirar a prova da rapidez, piso no freio e digo:
- Vai com deus (seja o seu qual for).


Vou no devagarinho, olhando pro horizonte, que está ali a me esperar, não importa hora, dia, palavra, o horizonte será sempre meu também.


As árvores dão frutos mais de uma vez, 
todos os dias um sol nascerá, 
nas noites claras há lua cheia, 
gorda de luz e sabor,
as flores se espalham com passarinhos e vento,
brotando aí como cá,
na natureza há um deus em cada lugar.


No caminho mais livre, mais leve, mais solto,
estrada pisada, amassada, vivida,
mar aberto, céu liberto e coração feliz.


Do meu passo faço o compasso do meu caminhar,
do pulsar, o ritmo, cadência pra embalar,
dançar amor e suspirar amar, sorriso aberto a brotar.


Conto uma história, desfaço um mal feito,
faço um retrato das contas do tempo,
digo adeus e vou-me'mbora.


Roda ciranda, roda sinhá
continuo te amando até se esgotar
se um dia tu voltas, irei te abraçar.



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