Poetize, enquanto é tempo.
Enquanto há vida, há contento.
Das horas em que a razão se dá por vencida.
A disposição do espírito que induz a esperar que uma coisa se há-de realizar ou suceder, nos conduz a líricos dizeres, pensares, imaginares. Já a capacidade para decidir, para formar juízo ou para agir, de acordo com um pensamento (que se diz discernimento, juízo ou lucidez) nos faz emoldurar o agir, afoga o despertar dos desejos.
Nessa busca cerebral por aquilo que explique alguma (qualquer) coisa ou que faça com que algo (ou alguém) exista ou aconteça de modo explicado (a tal causa ou motivo), um raciocínio que conduz a outro, nos quer amordaçar a uma conclusão, a uma falsa necessidade de argumentos, provas, ou fundamentos para o que arde ao coração.
No aperceber da vida tecida, dos momentos cruzados, simultâneos e separados, tudo na mesma proporção de acontecimento, me vem o bom senso como discernimento, o equilíbrio entre o mundo e meu intento, nos traz a hora do entregar-se à vontade do corpo, da alma, à vontade da própria vontade, merecida-mente, depois de um longo dia de trabalho (que é um dos ofícios da razão), deixemos falar o que fica horas ecoando em você, e, o que fica em mim.
Seu olhar ficou reverberando, num desejo de aproximação imediata, me diz que eu tiro tanto de você, que, ao seu ver, não tinha me feito lhe entender, eu, lhe pergunto: - qual a imaginação desse instante?...ecoando...esperando pelo próximo olhar. Absurdamente desejosa de ti.
Estar junto é condição mais forte que estar perto.
(brincando com Da Vinci)
(brincando com Da Vinci)
O dia passou suave hoje,
com a sua companhia.
Distante, mas tão presente.
Distante, mas tão presente.
Sua respiração
Sensações seguram as palavras quando ficam vibrando pelo corpo...
por isso, de perto sou tão silenciosa às vezes...
Pérola do meu colar
Sem querer, mas com bem querer...
Ecoando...vibrando...reverberando...
A sensibilidade imaginativa se põe a trabalhar.
Produção literária: café, Beethoven e poesia.
Produção arbitrária: chá, Vivaldi e companhia.
Produção aprazível: deleite, Debussy e você
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